Mergulho na comunidade.
Trabalho realizado pelos educandos da instituição
RUBEM BERTA
Situado no limite norte da cidade, faz divisa com o município de Alvorada e, ao sul, com bairro Sarandi. Foi criado e delimitado pela lei municipal nº 3159 de 09/07/1968. Atualmente, é o bairro mais populoso da capital, contando com mais de 78 mil habitantes, de acordo com dados do último Censo/IBGE. A zona norte da capital, até o início do século XX, era uma região agropastoril, com sua economia baseada na venda de leite. Os minifúndios dominavam a paisagem e também abasteciam a área central. A incorporação da zona norte como parte urbana de Porto Alegre foi reflexo do crescimento e desenvolvimento industrial e comercial da Capital, tornando a região do Rubem Berta densamente habitada a partir da década de 1960, constituindo-se o bairro em mais de 20 vilas e grandes conjuntos habitacionais. Essa ocupação ocorreu através de loteamentos de diferentes iniciativas: poder público, iniciativa privada, invasões e áreas de ocupações mistas, com parte do loteamento organizado, e outra, com ocupação irregular. Uma importante ação que acontece no bairro é o projeto Mudando a Cara, que nasceu na própria comunidade e objetiva estimular o desenvolvimento sócio-econômico no bairro. Teve início com revitalização dos prédios do conjunto habitacional (até 2005, havia 8 prédios terminados), atividade que, além de trazer oportunidades de trabalho para os moradores, valoriza os prédios, dando ar de dignidade ao bairro e aumentando a auto-estima de seus moradores. O projeto foi concebido e executado pela Associação Comunitária de Moradores do Conjunto Habitacional Rubem Berta – AMORB.
Além desse belo projeto, ali circula o chamado Rubi, uma forma de liquidez local através de vales ou bônus, que visa facilitar a realização de transações no perímetro do bairro, ou seja, interliga ofertas e demandas, vendas e compras, que contribui significativamente para a economia local. As vilas que compõem o bairro Rubem Berta são: Nova Gleba, Santa Rosa, Dois Diques, Por-do-Sol, João Paris, Fraternidade, Beco dos Maias, Nova Santa Rosa (ex Vila Ramos), Páscoa, São Borja, União, Paris, Dutra Jardim, Diamantina, Varig, Alexandrina, Max Guess e o Parque Santa Fé, além dos conjuntos habitacionais Fernando Ferrari, Guapuruvu, Parque dos Maias, Rubem Berta e Ícaro. Os moradores do Rubem Berta são, em sua maioria, pessoas de classe média baixa, oriundos de outras regiões periféricas da capital e de cidades do interior do estado. O adensamento populacional fez com que os habitantes do bairro se mobilizassem em associações comunitárias para garantir moradia e condições de infra-estrutura. O Rubem Berta caracteriza-se por ser residencial, dispondo de pequeno comércio de abastecimento, como supermercados, farmácias, lojas diversificadas, etc. Referências Bibliográficas: BARCELLOS, Jorge Alberto Soares; NUNES, Marion Kruse; VILARINO, Maria da Graça Andrade. A Grande Santa Rosa. Porto Alegre. Secretaria Municipal da Cultura, 1993 (Memória dos bairros). SOUZA, Celia Ferraz; MULLER, Doris Maria. Porto Alegre e sua evolução urbana. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1997. http://www.portoalegre.rs.gov.br/spm Dados do Censo/IBGE 2000 In: http://www.portoalegre.rs.gov.br http://www.InSroDi.org.pt